segunda-feira, 21 de setembro de 2009

devaneios suicidas - prenderam a natureza!




Prenderam a natureza.
É essa a impressão que tenho ao visitar um parque urbano. Ali esta a natureza artificialmente colocada e arquitetada. Tudo planejado. As pedras que são escolhidas, as arvores são plantadas numa distancia milimetricamente posicionada em relação à proxima arvore. Se colocam algum lago, todo o contorno é feito em formatos ovais. Pedrinhas e pedrinhas para que o barro, ou a natureza na forma de aventura, não apareça. Olhe em volta do parque, e o que existe são – predios enormes, como se fossem as grades de uma imensa gaiola. Geralmente, não muito longe, a degradação esta presente, as vezes na forma de um rio extremamente poluido, e quando não – Morto! Ou avenidas, por onde automoveis despejam fumaças nocivas e mortais.
É a natureza numa redoma.
É a natureza presa, para pessoas que vivem presas em seus apartamentos. Tudo passa a ser natural. A pessoa vive presa dentro de pequeno apartamento, entra no seu cubiculo movel e sente preso ao transito, e no fim de semana, se contenta em passear em um parque preso entre seus insumos, casas e carros.
Fora das cidades esta uma natureza diferente, onde as arvores crescem grudadas umas às outras, cipós descem entre os galhos, ervas daninhas matam arvores mais velhas e, estas servem de abrigo para formigas. É um ciclo louco, predatorio. Rio descem entre pedras e bancos de areia ou cascalho. A vida come a vida, a morte faz a vida, tudo é caotico e harmonico.
E o elemento principal esta presente – Terra!
Envolta dessa natureza há mais natureza. Ali, é ela que circunda a cidade.

Aquela natureza enjaulada nas cidades tem sua importancia, logico, afinal o Homos Urbanus não esta preparado para aquela que esta la fora. Ele precisa apenas daquele simbolismo planejado e arquitetado para lembrar que seus dejetos destroem e consomem. Aquele pedacinho sobrevive proximo a um rio poluido e mal cheiroso, e entre milhares de carros poluidores. É comum, ainda, vermos pessoas deixando seus vestigios nos parques, latinhas de cerveja, tocos de cigarros, cicletes e papel de bala. Imagina se eles resolvem conhecer a natureza que esta lá fora?
Melhor não...

Outra analise semelhante pode ser feita com as praias que estão proximas de grandes centros urbanos. É interessante observar o comportamento dos urbanoides. Eles chegam em seus transportes, sentam aos milhares perto dos bares (que geralmente estão tocando o ultimo hit de funk ou pagode), pegam suas cervejas e o pacotinho de doritos e desligam suas mentes... e nem percebem que apenas mil metros dali, esta a mesma areia, o mesmo sol, so que sem o bar e a musica, mas com o agradavel som das ondas.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Devaneios Suicidas - Negrescos e Waffles


O ser humano é poligamico e insiste em dizer que é monogamico.
Esse é o resumo da ópera. As pessoas tem um tesão enorme por sexo.
O artista no palco quer suas fãs tanto quanto elas o querem.
O professor quer suas alunas tanto quanto elas o querem.
E a lista segue, colegas de trabalho, todo mundo na balada quer alguem, o padre quer a beatinha, a freirinha que o padre, a madrinha quer o noivo, o namorada quer o amigo do namorado, todo mundo quer!
Mas... tem um preceito que diz que não pode, é feio, é anti ético, zeus castiga. É a repressão dos instintos e do sentimento. A troco de quê? – de ordem, organização, moralidade?
Mas... a moralidade não esta indo contra os instintos? E nesse caso, ela propria não se torna desnatural e amoral?

Em um artigo que postei abaixo, dizia que na hora de ser poligamo, os homens se dão melhores que as mulheres. Talvez (juro que “talvez” mesmo, espero estar errado) as mulheres tenham absorvido o peso dessa “moralidade” melhor que os homens, o que não significa que os instintos e hormonios tenham morrido, e que quando uma mulher casada, vê um cara lindão no elevador ou na academia, mil fantasias não deixem de passar na cabeça dela.
Vê, fantasia e deseja – e porque não busca a realização? Medo da sociedade, ou não trocaria a realização da fantasia pelo conforto da vida (monotona e tediante) de casada? Algumas são apaixonadas pelo marido. Mas ser apaixonada não significa que variar o cardapio seja algo que vá estragar o relacionamento (nesse caso, basta ver o meu conceito sobre posse – sexo é uma coisa, amor é outra).

Quando se fala em poligamia, tem que estar claro que o ponto em questão não é o sentimento – Amor, é algo diferente que esta em jogo – quimica e fisica, corpos e hormonios, tesão e loucura.
Entendo que o sentimento “amor” é complexo demais para ser levado para camadas multiplas (ele é mais parecido com uma bolachinha negresco, uma bolachinha de cada lado e ele no meio, dando sabor), já o sexo... bom, esse talvez se pareça mais com um Waffle. Multicamadas.

Como sempre, o combinado não sai caro. Se voce quer sua vida como um negresco ou como um waffle, so depende de fazer o acordo certo. Agora, começar como bolachinha recheada e depois, sozinho, querer migrar para Waffle – é sacanagem! Alias, Waffle em si é sacanagem!
Sacanagem consigo mesmo mesmo é querer ser biscoitinho recheado – negresco – e carregar nas veias um DNA de Waffle (ou vice versa).
Busque a combinação que mais te agrada. Nunca tente ser uma coisa se voce é outra. Não fica legal encher uma embalgem de Negrescos com Waffle, algum biscoito vai acabar esfarelando.

Outro ponto – existe mercado pra tudo! Pode ter certeza que seus conceitos não estão sozinhos no universo. Alguem, em algum lugar não muito distante, compartilha de suas loucuras, medos, desejos e festas.
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Devaneios Suicidas - Triade - Sexo, Amor, Amizade



Era pra ser uma Tríade... mas virou quarteto. Eis que alguém resolveu trazer o sentimento de posse pra essa historia, e o que era pra ser uma brincadeira gostosa onde uma coisa leva a outra - sexo vira amor que vira amizade que vira amor que vira sexo, num loop sem muitas regras, acabou virando discórdia e ciúme, desconfiança, possessão, dominação. Isso tudo merece muita analise, ou nada de analises e somente devaneios.

Antes de entrar no assunto em si, deixo claro que a palavra “amizade”, será tratada de forma abrangente, que pode ser desde um colega de trabalho, buteco, até o mais intimo confidente – ok? Portanto amizade pode ser só amizade, companheirismo, coleguismo ou evoluir para outras vertentes – paixão, amor e sexo. É como alguém dizer que não se relaciona de forma intima com quem considera “amigo”, e talvez isso ocorra por medo de perder a amizade. Então faz o que? Vai pra balada e fica com um total desconhecido. Tem gosto pra tudo.

No ambiente de trabalho a frase mágica é – “onde se ganha o pão, não se come a carne”.

Uma aversão generalizada ao envolvimento com quem se conhece bem. Porque as pessoas tem esse temor?

Creio que o fator que ferra qualquer relacionamento seja – O sentimento de POSSE. Podemos ler essa palavrinha como ciúme ou dominação também.

Gosto da frase – “o combinado nunca sai caro”.

Essa máxima deveria reger as relações. Sentimos atração, temos um momento, porque não aproveitar o clima e dizer o que vai ser depois? Dialogar um minuto e evitar o achismo “do que poderia ter sido”, assim passamos para o que vai ser. Logico que toda regra permite alterações, desde que consentidas mutuamente. Alguém pode apaixonar, os dois podem, ou talvez ninguém apaixone nem ame, mas o sexo em si foi tão agradável que merece bis.

Enfim, sou a favor da simplificação e contra o achismo.

A primeira parte disso começa com um trabalho mental, bem Zen – nada é meu e nada me pertence. Ou melhor, Tântrico – nada é meu, nada me pertence, estou só interagindo com o todo. É paz!Se a paz com o tempo for agregada ao Amor, temos uma combinação perfeita. Se isso é feito em base de amizade... pronto, virou utopia.

O mesmo vale para uma relação onde tudo é apenas atração e sexo, sem sentimentos de posse. Troca e prazer. A liberdade é que deve tomar conta das relações, o universal direito de ir e vir, do respeito ao próximo. Uma das coisas que mais favorece a evolução da humanidade é a clareza no que desejamos, e respeitar as escolhas dos outros. Sei que tudo isso pode parecer chover no molhado, e ainda existe um tabu sobre a liberdade sexual (sim, existe um verdadeiro big brother orwelliano que adora tomar conta da vida alheia), mas as coisas quando expostas nos momentos certos, podem surpreender – e mostrar que muitas pessoas tem coração, corpo e mente abertos à ideia de liberdade. O mundo por vezes, é mais utópico que imaginamos.

É importante ter projetos e planos para o futuro. Mas vivemos por momentos. As coisas acontecem e não voltam nunca mais. A vida é sempre pra frente. Sendo assim, porque postergar, evitar, impedir que ocorra algo que duas pessoas querem? Sem falsos pudores e sem medos. A vida está acontecendo agora. Sempre no agora.

Algumas palavras chaves (ou poderíamos dizer – “bonitas”) para a vida, são – Paz, Amor, Liberdade, Desapego, Intuição, Positivismo... . Tem uma historia na mitologia grega que merece ser pesquisada (vai lá, é só digitar no google - O Pomo da Discórdia), vejo o sentimento de posse como o Pomo deixado por Éris, algo que foi deixado no meio da humanidade, durante uma festa, só pra causar discórdia...

Mas a vida é uma festa!!!

Devaneios Suicidas - Monogamia



Apenas 3 ou 5% das quase 5 mil espécies de mamíferos (incluindo os humanos) formam laços duradouros e monógamos com os mais notórios sendo os castores, lobos e alguns morcegos.
A monogamia social é um termo que se refere a criaturas que formam casais e criam seus filhotes, mas ainda tem “casos” extraconjugais. Casais sexualmente monógamos se acasalam apenas com um parceiro. Portanto um marido que trai a esposa com outra relação romântica e volta para casa em tempo de colocar as crianças na cama seria considerado socialmente monógamo.
Além disso, a definição de monogamia, para os cientistas, varia.
Psicólogos evolucionários já sugeriram que os homens êem maior possibilidade de ter sexo extraconjugal, parcialmente devido à necessidade masculina de “espalhar os genes” através da disseminação de esperma. Tanto mulheres como homens, dizem estes cientistas, tentam melhorar seu progresso evolucionário ao procurar parceiros de alta qualidade, embora o façam de maneiras diferentes.
A parceria comprometida entre um homem e uma mulher evoluídos, dizem alguns, é para o bem-estar das crianças.
“As espécies humanas evoluíram para formar compromissos entre homens e mulheres com o propósito de cuidar das crianças, portanto isso é um laço”, disse Jane Lancaster, uma antropóloga evolucionária da Universidade do Novo México (EUA). “No entanto esse laço pode se enquadrar em todo o tipo de padrões de casamento: poligamia, pais e mães solteiros, monogamia.”

A espécie humana é única entre os mamíferos no fator investimento dos pais ao criar os filhos.
“Nós sabemos que com os humanos há um laço entre o casal que é bastante forte, e há mais investimento paterno do que na maioria dos demais primatas”, disse Daniel Kruger, psicólogo social e evolucionário da Universidade de Michigan (EUA). “Nós somos especiais neste aspecto, mas ao mesmo tempo, como a maioria dos mamíferos, nós somos uma espécie polígama.” Daniel disse que os humanos são considerados “levemente polígamos”, pois os homens se acasalam com mais de uma fêmea.
Se as pessoas casadas ou com outros tipos de compromissos procuram por mais sexo, isso depende dos custos e benefícios.
“Há bastante evidência de que os homens têm menos a perder do que as mulheres ao ter sexo extraconjugal”, disse Jane. “Por ter menos a perder é mais fácil para que eles o façam.”
As mulheres, no entanto, podem perder os recursos do “papai” no que tange a cuidar dos filhos. “Para a mulher o bem-estar das suas crianças não é maior por causa da promiscuidade”, disse Jane ao LiveScience.com.
Alguns cientistas vêem tanto a monogamia social como a sexual em humanos como estrutura social ao invés de como um estado natural.
“Eu não acho que sejamos animais monogâmicos”, disse Pepper Schwartz, professora de sociologia da Universidade de Washington em Seattle, EUA. “Um animal realmente monogâmico é o ganso, que nunca se acasala novamente mesmo que seu parceiro (a) seja morto (a).”
Ela adicionou que a “monogamia é inventada para haver ordem e investimento, mas não necessariamente porque é `natural´.”




é o que sempre achei... rsrs

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Devaneios Suicidas - O dilema da sexta feira




O dilema da sexta feira (baseado em fatos reais)


Sexta feira…
Criamos uma expectativa durante toda a semana pela chegada desse dia, e pela hora do final de expediente. A semana passa com a contagem dos dias, e a sexta passa com a contagem de horas e minutos.
Sexta pode ser o significado de muitas coisas...
Happy hour com muita cerveja.
Festa!
Uma viagem de fim de semana.
Namorar.
Descansar.
Ser feliz.
Curtir a familia.
Praticar esportes.
Ir ao estadio.
Lista infinita. É tempo pra gente. É como se estivessemos afogando na segunda, afundando na terça, chegando no fundo do poço na quarta, quinta de manhã batemos o pé no fundo e subimos... na sexta estamos nadando, boiando, curtindo o sol na beira da praia com os amigos e tomando aquele drink.
Tudo é opção e escolha. Podemos ser felizes agora e não depois. Podemos extrair o que há de melhor...
Ou funestamente, escolher o fim de semana para revirar o baú, rever nossos fantasmas, execrar nossas tormentas e passar o fim de semana embutidos em nós mesmos.
Um pote de sorvete de chocolate, um filme depressivo na tela da TV, e entre lagrimas e colheradas rever todas as tristezas, fantasmas, demonios, assombrações, martírios... tendo pena de si mesmo e pensando o que poderia ter sido a vida se eu tivesse feito outras escolhas 10 ou 15 anos atras.
Tem uma frase, creio que do Chico Xavier que diz “não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o final”.
Talvez essa ação criminosa (de matar uma sexta feira e todo um fim de semana sagrado) faça bater os pés no fundo do poço e se reerguer para a vida.
Cada um tem seus metodos. Eu já usei esse metodo criminoso (do pote de sorvete)., mas hoje prefiro ir pro obvio.
Problemas, tanto na vida quanto numa analise SWOT são externos, fora do alcance, e so podemos mudar o que esta interno, ou fraquezas.
Pessoas fisicas e juridicas são muito semelhantes. Ambas tem seus Swot’s, imagem e marketing. Sextas-feiras são oportunidades. Momentos únicos de curtir o que prezamos – familia, amigos, amores.
Aprendi no mundo corporativo que vendedores não podem viver das glorias do passado, isso não lhes dá comissoes nem salarios, e na vida pessoal, tambem não vivemos pelo que fomos ou poderiamos ter sido. Vivemos pelo que somos ou podemremos ser (sim, existe um planejamento para chegar onde queremos).
É um dia a cada dia. Um momento de cada vez. Existem 52 sextas-feiras por ano no calendario, mas a mais importante é a mais proxima que temos. A ultima já foi e a proxima é imprevisivel. Portanto é nessa que temos que tirar o nosso tempo, fazer o momento e –
Relaxar, curtir, viver, descansar,ir pra balada.... deixar o sofrimento tomar conta? – é opcional, mas essa opção apenas nos deixaria penalizados por nós mesmos. Talvez contagiando o meio ambiente, e quem sabe, afastando a alegria de outros (que poderiam nos contagiar beneficamente).
Choose life!
A sexta feira, por questões culturais e humanitarias (rsrsrsrs) tem a função de energizar. É a troca. Aceitamos quem somos, damos nosso melhor, comemoramos, celebramos, recebemos essa mesma energia dos outros. Deixamos o que é bom fluir. Paramos de concentrar no problema, e esse canal de alegria trafega pelo ser, recebendo dos outros, transmitindo a outros.... e isso, na boa, transcede a um dia da semana ou a um fim de semana.... esse espirito vale para a vida.
Feliz Sexta Feira.
Feliz vida.
Celebre.