sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Devaneios Suicidas - Adoro quando a vida vira FESTA!


Eu não nasci em majedoura. Mas dizem que no dia em nasci, bem no hospital abriu um portal, de dentro saiu um sujeito velho, magro, barbas brancas e vestido em compridas roupas de seda, como um monge hare krishna. Atras dele voavam pequenos anjos barrocos, um coral gregoniano cantava ao fundo e ele entoou em ingles “Aqui nesse dia, nasce aquele resolverá todos os problemas da humanidade, levará o entendimento às multidões, será aclamado como o solucionador de problemas”.
O medico que me segurava, era o único na sala que entendia ingles, e emocionado começou a bater palmas, e logico, eu cai no chão.
O misterioso profeta, percebeu que ninguem entendeu a cena. Olhou pra um anjinho e perguntou: - Voce tem certeza que aqui é o Nepal?
O médico respondeu, me pegando no chão – Não, Brasil, e Deus é brasileiro!!
- Caralho – disse o profeta – o portal abriu errado de novo... gente, esqueçam isso tudo!

Minha sina é essa desde então – Não vim pra explicar. Vim pra confundir. Não vim por chamados divinos, vim porque papis e mamis transaram.
O motivo de tudo não é explicação... é caos.
É claro que todos ali ficaram assim “Puxa, que lindinho, é quase um profeta do além!”
Aff! O Quase é aquilo que não deu certo.
Mas como os religiosos do pedaço gostaram do evento, do ocorrido... e cogitaram “e se o portal estava certo, e o profeta errado? E se ele for realmente um iluminado, afinal, Deus é Brasileiro!”.
E fizeram uma festa! Uma festa enorme, que durou 8 dias. Bebedeiras, comilanças, rezas e praticas libidinosas tomaram conta de toda a cidade. Foi um evento municipal em nome de vossa santidade – O bebe!
Já nasci com festa rolando por perto. Já comecei minha vida errado, num ambiente que variava entre o profano e o religioso. Optei pelo primeiro e pela festa.
Até hoje adoro quando a vida vira uma festa.
Como diria Ronald Mc Donalds – Amo muito tudo isso!
Festa, animaçao.
É otimo quando estamos alegres, aparece outra pessoa alegre, e pronto, Temos uma Festa. Nossa vida, nossos corpos – são propicios para isso. Celebrar a existencia e ignorar os anuncios dados equivocadamente.
Deixar os equivocos e inexplicações se desintegrarem por si mesmos.
Acho que tive sorte. Não queria mesmo explicar. Ninguem quer ouvir as pessoas que explicam. No geral, queremos apenas mentalizar lissergicamente o “o que poderia ser”das coisas incompreensiveis. Ter uma ideia daquelas coisas intangiveis e que não mudam nada em nossas vidas.
Ontem li uma frase de Saramago “O homem criou Deus e tornou-se escravo de sua criação”.
Puts... porque pus essa frase?
Talvez porque eu queira justamente confundir explicando. Conspiraçoes e teoria do inexplicavel. Cócegas aos ouvidos.
A vida é pra ser vivida, sentida, curtida, experimentada sem pudores. Transformada em festa a cada respirar. É para olharmos de manhã no espelho e pensar “Hoje é o melhor dia da minha vida – simplesmente porque ontem já foi, e amanhã ainda não chegou. Tenho que ser feliz agora, outra hora, será outra hora, outra felicidade”. Saí pra festa.
Já notou quando alguem tenta explicar algo complicado, e todo mundo faz cara de inteligente, e no fim continua com a mesma ideia que tinha antes do meliante começar a falar? O sujeito tenta explicar a vida, o universo e tudo mais – e quem era ateu continua ateu, quem era cristão continua cristão, quem era confuso continua confuso, e quem tinha certeza de que tudo era diferente daquilo, continua com a mesma certeza. Então, pra que explicar? Pra que se fazer entender se todo mundo tem conceito pre concebidos (ou pre conceitos).
Essa energia em explicar poderia ser gasta assim – Queridos amigos, hoje eu explicaria Deus para voces, explicaria também o que as mulheres pensam sobre os homens e o que os homens pensam sobre as mulheres, depois de tudo explicado, o mundo será um lugar melhor para se viver – mas, ao invés disso, sabiamente estou instituindo o dia da festa eterna, vamos ouvir reggae e musica eletronica, fumar, beber, transar, cair na farra até perder a consciencia, fazer um monte de burradas e sermos inexplicavelmnete felizes, sei que alguns nerds ficarão tristes com isso... mas, blablabla e solta o Bob Marley!!!”
E assim, eu, sem nenhum poder instituido proclamo que a vida deve ser FELIZ!

sábado, 22 de agosto de 2009

Devaneios Suicidas - Filosofia barata - Que somos, donde viemos, para onde vamos...


A terrivel sídrome do “Afinal, o que somos?”
Essa pergunta mata. Aniquila. Já jurei varias vezes que nunca mais iria me importar com isso, nem com a pergunta, nem com a resposta.
A pergunta é até simples, a resposta é que complica, porque geralmente vem acompanhada de outra pergunta:
- Mas, dentro de qual contexto?
O que voce acha que é? Como os outros te enxergam? Como sua mãe acha que é ou o conceito do seu colega de balada? Aquilo que pensa sobre politica? O mundo? Onde vai e com quem anda? Ou aquilo que faz quando ninguem te observa?
Multifacetas...
Se a resposta é tão complexa, e depende de fatores como ambiente, clima, quem pergunta, o dia da semana, o humor do dia anterior que espelha no de hoje... fica tudo muitissimo complexo, e tirando a circunstancia, uma opção acaba por anular outra, ate não sobrar nada. Ou muito pouco. Ou nada mesmo. Ou talvez, so um pouquinho. Irrelevante. Tão irrelevante que não dá pra classificar. Sim, porque esse pouquinho irrelevante que sobrou é mutavel. Mutavel, mas contamina o restante que foi anulado e torna algo diferente do que achamos que era.
Sendo assim, o que somos é – uma complexidade de pontos de vistas circunstanciais que se anulam até a insignificancia extrema do ser, mas que por mutabilidade inerente, contamina ou influencia a percepção alheia, o que também é por si – Irrelevante.
Irrelevante porque não é nada.
Entao voltando à pergunta – Afinal, o que somos?
A resposta definitiva é – Isto é irrelevante!


O que somos é diferente de três outras perguntas –
De onde viemos?
Para onde vamos?
Qual o nosso objetivo?

A primeira pergunta, se feita por uma pessoa que não é cega, não sofre de Alzeheimer, nem amnesia, não estava de olhos vedados nem acabou de acorda de uma ressaca terrivel – entao não merece ser respondida.
Nenhuma resposta é satisfatoria a essa pergunta se o cunho é filosofico. Filosofico o cacete, essa pergunta é chata mesmo. So deve ser levada a serio se a criança tem menos de 6 anos. Aí sim, respondemos e explicamos todo o processo do papai-mamãe.
Fora isso – De onde viemos? – não merece nem respeito, nem consideraçao... no maximo um suco de tomate e duas aspirinas para curar a ressaca.
Se voce não sabe de onde veio, melhor nem querer saber. A resposta pode doer.

Vamos à segunda – Para onde vamos?
Essa pergunta merece um pouco mais de atenção e resposta condizente. Se a mina te pergunta isso na balada, a resposta pode ser – meu apartamento, o seu, ou um motelzinho?
Ou se estamos entre amigos, 2 da madrugada, o portuga quer fechar o buteco – Para onde vamos? Pra casa de quem tem churrasqueira, oras! (que geralmente é um chato que vai dizer – puts, não vai rolar, tenho que acordar cedo amanhã!).
Enfim, o para onde vamos é – depende do acordo e do momento.
Filosoficamente – Morra e descubra! Não vai carregar essa duvida por mais de 80 anos.

A terceira e mais filosofica de todas – Qual o nosso objetivo?
Ah, é pra responder mesmo?
Fico com Robin Willians em “sociedade dos poetas mortos” – A linguagem existe por um único motivo, queremos conqiistar as mulheres!
Partindo dessa premissa, segundo o proprio personagem de Willians, trabalho, estudo, cultura, dinheiro e a propria fala (com poesia) so tem um objetivo – A conquista.
E lógico, o objetivo da conquista é a consumação!
Voltando à pergunta – A vida tem objetivo?
A resposta objetiva, sem teores de amenização, direta e venosa – Sexo, Paz e Companhia!

Se não tem… perdeu todo o sentido.
Sem sentido já basta nos mesmos. O importante é que apesar da nossa irrelevância, termos objetivo.
Trabalhar, ter dinheiro, adquirir coisas, impressionar, aprender, impressionar de novo, conquistar, usufruir, ter prazer...
Se algo saiu errado no final... então nada valeu a pena.
Simples assim.
Imagina ir no estádio e o jogo não sair do Zero a Zero?
Não valeu nem pagar o ingresso.
O comprar aquele ingresso pro show do Zeca Baleiro e no dia o cara ta sem voz e o violão sem cordas.
Ferrou. Não adianta nada. Quero o dinheiro de volta. Ou melhor, quero minha vida inteira de volta!

Devaneios Suicidas - A pressão e o ócio


O que leva à criação - ócio ou pressão?
Em que ambiente trabalhamos melhor?

Antes de responder, tente lembrar daquela cena de swordfish (ou A Senha) em que o protagonista esta no meio de um bando de loucos insanos e assassinos, tem um tempo escasso para quebrar uma senha, uma arma na cabeça (e ele sabe que seus miolos vão estourar caso não consiga) e uma linda garotinha ... well... veja o video, é melhor...




E entao, funcionamos melhor em pressão ou no ocio? Onde reside a criatividade?
Os cenarios bucolicos que inspiravam Caymmi e Neruda, ou a agitação caotica das grandes metropoles que inspiram soluções inventivas? Diz-se que grandes invenções que solucionam nossas vidas, tiveram suas origens na contemplação da natureza, tipo aquele carinha que olhou pro famigerado carrapicho e criou o velcro.
Talvez haja uma relação entre os extremos do Caos e do Ócio. Essa alternaçao é que faz o surgir das ideias. Se ócio fosse o paraiso das ideias, ilhas tropicais estariam fervilhando de genios. Falta-lhes o estimulo do Caos? A necessidade?
A historia da humanidade mostra que a descoberta do fogo, num primeiro momento, não trouxe nada de novo. Gerou conforto. Espantou animais selvaticos, trouxe uma alimentaçao diferente, aquecimento nas noites frias, algo propicio ao ocio. Nossos queridos ancestrais descobriram que fazer churrascos em volta da fogueira numa noite fria era o melhor programa da tribo. Dizem até que o fogo, talvez, não tenha sido inventado, mas descoberto.
Já a roda... trouxe o caos. Transporte, locomoção, mercado, avanço... e daí o mundo se tornou o que temos hoje. A roda foi inventada! Será que no conforto e no ocio do fogo?
Sempre existe, invenções que vem para resolver um problema, e criam varios outros. Pense na roda, resolveu o problema de transporte, mas gerou o transito. A informatica, facilitou processamentos, comunicações... e gerou uma infinita dependencia psicologica em seus usuarios, fora os transtornos de quando ela não funciona, ou temos que contratar serviços tecnicos.
Pra cada solução, inumeros problemas!
Celulares nos permitem ter comunicação imediata em qualquer lugar – e tambem sermos encontrados quando menos desejamos.
Uma solução para um problema, e milhares de novos problemas.
Criar é gerar caos. Solucione qualquer problema, e alguem morrerá por isso do outro lado do oceano. E se ainda estivessemos ali, no calor do fogo, fazendo churrascos?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Devaneios Suicidas - Controle as Massas




Existe um universo infindavel de coisas que sabemos, mas que se não soubessemos, a vida seguiria igual, talvez melhor. Coisas tipo Guia dos Curiosos, Guiness Book, Almanaque Fontoura, Tele Jornais, Teorias Conspiratorias e cultura inutil de maneira geral. Saber que existe um planeta com possibilidades de agua potavel, que circunda a estrela X-293 a milhares de anos luz da terra significa muitas coisas – que temos telescopios potentes, que isso gera empregos para a industria de telescopios, que alguem anda faturando uma graninha pra descobrir planetas, que isso gera informação, que essa informação será publicada e um monte de nerds a lerá e fará varias conspirações do tipo –
Ah, eu não dissse que havia vida alem da terra?
Eu sabia que Darwin estava certo!
Sim, existe vida alem da terra!
Tudo isso porque um carinha que ganha uma merreca, e vive de voyeurismo ficou olhando para o ceu através de uma lente e disse “há possibilidades de haver agua”.
Ok, e quanto tempo levamos para chegar lá? Se for na velocidade da luz.... 284mil anos! (ou seja, pode ser que hoje o planeta nem exista, porque trata-se de uma imagem de 284 mil anos atras), ou que se conseguirmos tecnologia suficiente para fazer essa viagem, e como a viagem não sera na velocidade da luz, 450mil anos depois aterriza uma nave cheia de corpos congelados. O primeiro a sair da nave descobre que seu tataraneto que saiu 100 anos depois, numa nave muito mais rapida, chegou antes e colonizou o planeta 600 anos antes, e que todos agora esperam pela chegada de um messias congelado que os levará de volta à terra, porque as baladas daquele planeta são pessimas.
O fato é que saber tudo isso não acrescenta um centavo na minha conta bancaria. Já tinha ouvido um comentario similar sobre jogos de futebol, que o meu time ganhar não altera em nada na conta. Bom, isso depende, eu apostei uma caixa de cerveja que ele ia pra final do campeonato e ganhei.
Futebol, portanto, é melhor que cultura inutil.
Por outro lado, cultura inutil gera otimas conversar para a mesa de bar. Bebados discutindo sobre o final da era paleozoica é um prato cheio de diversão.
Se a cultura inutil é tão vasta – ET’s, OVNI’s, Dinossauros, Recordes, Olimpiadas, BBB’s, Novelas, Teorias da Conspiração, Astronomia, Astrologia, Mitologia, etc – e não leva a nada para quem discute, porque ela existe?
Porque quem fatura a grana é quem cria. Sim, ganha grana quem cria novelas, esportes, programas de reality shows, olimpiadas, religioes, esoterismo, livros de recordes...
Minha sugestao é – Não seja um produto do meio, mas faça com que o meio seja um produto seu. Não consuma os produtos do meio, crie produtos para o meio.
Pense nos absurdos que poderiam render dinheiro, e venda a ideia.
Transforme as coisas chatas, tediosas, aborrecidas ou nojentas em rentaveis.
Por exemplo, reunião para sindico do condominio, NUNCA MAIS!
Faça reality show – monte cameras nas casas dos candidatos e monitore a vida tediosa deles. Moradores de outros condominios poderão votar por telefone ou SMS e voce ainda fatura R$2,00 por voto. Sem falar nos micos e barracos historicos que voce monitorará e faturará rios de dinheiros com as imagens das baixarias. Brigas de familia, pegas na piscina, pagodes altissimos na garagem, tombos e outras besteiras....
No dias de feijoada, monitore e grave o tempo das flatulencias, a maior de todas entra pra historia e pro guinness book.
Crie algum tipo novo de arte, pintura abstrata nos onibus da cidade, use alguma influencia politica e torne isso uma lei na sua cidade.
Faça esculturas em folhas de alface e venda as saladas pelo quintuplo do preço.
Crie um livro sobre a dieta da Taioba cultivada em aguas termais, e ganhe rios de dinheiro com as anorexicas, até alguem te contestar e dizer que aquilo tudo estava errado, voce já estara em seu recanto paradisiaco na polinesia.
Espalhe um boato que tem uma Santa Virgem Milagrosa no seu quintal, e cobre entrada dos fieis. Diga que so quem tem fé pode ve-la. Com certeza, milhares verão e serão curados.
Escave um terreno a profundezas absurdas, até encontrar um osso ou uma pedra pontuda – se achar petroleo, melhor ainda.
Crie uma nova dança, baseado numa mescla de polca e reggae com batida de hip-hop.

Mova as multidões, o dinheiro vem com ela.
Pouca gente pensa, pense por eles e cobre por isso!

Por falar nisso, se aproveitar alguma ideia desse blog, me envie uma caixa de cervejas!