sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Abstrações Suicidas - Problemas que existem vs imaginários



Por uma simples e rápida definição, podemos dizer que problema é aquela coisa que se enquadra nos seguintes perfis -

Atrapalha e incomoda

Precisa ser resolvida

Pode ser resolvida
Se não estiver enquadrada nas tres situações acima, é outra coisa, algo do tipo - abstração, chateação, implicação, etc.

Outro fator que merece atenção quando nos defrontamos com o temivel e emblematico "problema" é - Como isola-lo e quando resolve-lo.
Algumas coisas (que não são problemas) se resolvem sozinhas. Farei uma analogia -
Imagine-se dirigindo por uma estrada desconhecida numa noite escura, fria e chuvosa. Pra piorar, tu não esta numa daquelas rodovias de quatro pistas e sinalizada não, é uma estradinha de terra ou asfalto cheio de buracos. Imaginou? Pois então, vamos piorar um pouco mais, o limpador já ta sujo, nem limpa direito, aquele cansaço depois de já ter dirigido o dia inteiro. E pra ferrar mais um pouco, o pneu fura!
Mas pra não dizer que tudo conspira contra, furou em frente uma pequena pousada.

O que é o problema nesse caso?

Chuva, frio, estrada ruim, escuridão? nada disso é problema, essas coisas voce não tem como resolver. O problema verdadeiro é "pneu furado". Esse é o único que se enquadra na definição acima - Atrapalha, precisa e pode ser resolvido.
Mãos à obra então, certo? - Errado! Lembre-se que o enredo mostra a palavra "cansaço" e que por sorte voce esta em frente a uma pousada.

A forma de tratar o problema então é - descanse e deixe que os demais fatores - escuridão, chuva, frio e má visibilidade se resolvam sozinhos. No outro dia, apos um bom café, o pneu furado será apenas um pneu furado. Talvez a chuva não esteja mais caindo, o frio tenha diminuido, o cenario será outro.
Existem problemas e coisas que se resolvem sozinhas. E coisas que se resolvem sozinhas, não precisamos gastar neuronios para curá-las.

As adversidades merecem esta analise - por que preciso me envolver e resolver isso? Não estou incentivando a omissão, muito pelo contrario, que façamos as coisas de forma consciente e não por impulso.
O pneu pode ser trocado na noite fria e chuvosa. Porém, o cansaço aumentaria e outros riscos poderiam surgir.

Sempre nos deparamos com problemas que não são nossos, que não precisam e não querem ser resolvidos ou que se resolverão se os deixarmos onde estão. Eles estão presentes diariamente na escola, no trabalho, familia e em todas as relações pessoais.
Esses pseudo problemas, ou distrações do foco, causam o desgate das energias e nos tiram do nosso real objetivo - que é ser feliz!
Estresse, preocupe, corra atras de besteiras, solucione o que não quer ser solucionado e não viva.
Despreocupe, mantenha o foco, resolva o que pode e deve ser solucionado - tenha uma vida objetiva.

Não se mate!


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

devaneios suicidas - adrenalina, de novo


O tema continua sendo adrenalina.

Antropologos dizem que viciamos nisso ainda na época das cavernas, e que correr de tigres dente de sabre ou abater dinossauros era a diversão preferida dos nossos ancestrais. Aquela cena do filme Avatar em que o carinha ta fugindo de um bichão nas selvas e salta de uma cachoeira pra salvar a pele, deve ser apenas um remake do que foi a realidade outrora. Só que hoje as pessoas continuam correndo pelas selvas e saltando de cachoeiras altissimas e perigosas sem nenhum bichão faminto e feroz correndo atras.

A adrenalina ta presente em coisas nas quais não consigo fazer nenhum conexão com o mundo primitivo - por exemplo - tem gente que a emoção e o risco de perder (ou quem sabe - Ganhar!) grana num cassino, apostando suas fichas numa mesa de poker ou numa maquina caça niqueis é a mesma. De boa, uma vez vi um video de uma final de um campeonato de poker, valendo sei lá, 20, 90 ou 150 milhões de dolares, uma quantidade absurda e insana de dinheiro. O carinha que ganhou a parada foi apostando, pagando, apostando, ganhando... até o fim, com a mesma cara de paisagem. A cara era de paisagem, mas era possivel notar a tensão nos dedos e musculos. Talvez ele visse o premio como uma saborosa coxa de brotossauro, e o seu oponente como um tiranossauro rex, mas ainda assim, por mais analogias que tente fazer, não será a mesma coisa.

Ainda no mundo dos jogos, tem gente que modernamente vai adrenalizar nos pregões da bolsa, assim como o poker esta envolvido o ganho ou a perda, voce se dar bem e alguem se ferrar. Acionistas felizes, emprego garantido, renda alta ou o contrario disso tudo - acionistas perdendo rios de dinheiro e seu emprego proximo de uma frase, tipo "nunca mais pise aqui" ou "vire pescador".

Ha uma serie de coisas insanas e ilogicas que as pessoas fazem, ultrapassando os limites do aceitavel e social, com uma realidade claramente deturpada - to falando de brigas de gangue, gente que vai pra balada armado ou disposto a brigar, a neurose e a imprudencia no transito, a violencia domestica, etc.. Essa é aquela lista que causa repulsa, injustificada, mas que pode ser explicada.

Explicando - Temos que libertar o monstro interior. Só que esse mesmo monstro, ao longo dos anos, precisa ser criado, amansado, domado e nós é que controlamos sua hora de sair. Solte-o aos poucos. Ande de bicicleta (num lugar tranquilo, ou vá fazer down hill), corra, nade, exercite! Libere essa adrenalina praticando esportes, fazendo amor... ou se não for possivel, uma 'moderada' rodada de cerveja com amigos que te façam divertir. Sim, divertir, porque tomar cerveja de gravata e discutindo negocios, definitivamente, não combina. Alias, nem tente ser o chato da vez e vir falar do projeto, trabalho ou sei lá o que. Fale do futebol, do campeonato do afeganistão, da ultima moda em burcas no islã, do que faria com o premio acumulado, das tres louras da mesa ao lado, da propaganda de cerveja ou de margarina, do ultimo episodio do Chaves, daquela piada que voce ouviu num velório... invente, divirta-se!

Continuando a minha tentativa de explicar - a violencia segundo alguns especialistas não é a forma errada de libertar esse monstro interior, so precisa ser focada. O mosteiro de Shao Lin, é o exemplo disso, os monges aprendiam a meditar, ter auto controle e a serem eximios lutadores. Era a violencia domada, posta no seu devido plano. Equilibrada com o espiritual. Muito diferente das brigas de gangues, skin heads ou holigans.


Voltando ao ponto, adrenalina não pode ser algo mono. Aquela pressão gerada na bolsa de valores, precisa ser extravasada em outro lugar. O paraquedista profissional precisa de outra atividade para se libertar, o mesmo vale pra dona de casa que cuida sozinha dos seus 3 pimpolhos eletricos.

Sofremos pressão em um lugar, descarregamos com outra coisa diferente.

As vezes o necessario é apenas um relax merecido, pé na areia, barulhinho de ondas quebrando ou uma boa hidromassagem.

O nosso corpo pede por um equilibrio -

Terra, ar, agua e fogo.
Cinestesia, visual e auditivo.
Espiritual, mental e amor.
Trabalho e diversão.
Liberdade, vida social e trabalho.
Aprendizado, ensino, dignidade.

Equilibrio é o sobrenome da "Vida". Para muitos um mistério indecifravel.




...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Devaneios Suicidas - Perto do perigo é mais gostoso


Pra quem vive em rotinas, esse texto não terá muito significado. Parecerá algo irreal, de outro mundo ou dimensão.
Mas pra quem vive quebrando a rotina, buscando adrenalina e coisas absurdamente anormais, solto a pergunta – por quê?
Por quê verbos como conhecer, descobrir, inventar, viajar, ir, experimentar e afins, fazem parte do nosso cotidiano?
Dançar até altas madrugadas em dias de semana, dirigir em alta velocidade por estradas curvilíneas, desafiar todos os elementos água, ar, terra e fogo, rir na cara do perigo, desafiar a gravidade, a lógica e a improbabilidade.
Sair da zona de conforto, extravasar e ir a extremos.
Porque somos assim? Que gene estranho e suicida é esse?
Toneladas de água acima ou abaixo de nos, temperaturas extrema, altitudes, velocidade excessiva, vôos, rasantes, saltos, pranchas e cordas, asas, turbulências, insegurança, coração em disparada e não tememos por nossos ossos quebrados, arranhões e algumas gotas de sangue. Cicatrizes viram troféus, experiências e lembranças.
Há alguma explicação? Será que uma lembrança ancestral sente falta das explosões das manadas de mamutes ou dos tigres dentes de sabre nos perseguindo? Será que nossos ancestrais voavam em cipós como o Tarzan ou tinha que navegar por rios de lavas?
É insano!
O mundo prega que devemos nos manter longe das redes elétricas, usar cintos de segurança, ter carros com air bags e freios abs, consultar nosso medico e fazer check up anualmente, tomar vitaminas, cuidar da saúde, alimentar saudavelmente e parar de fumar. Estamos correndo pela fonte da juventude, amamos a vida e queremos viver mais. Mas... com adrenalina!
E muita!
Não quero apenas a adrenalina das telas do cinema.
Quero que um dia, velho, vendo meus netos assistindo Tv, aquele filme em que o heroi faz todas as proezas radicais, poder dizer pra ele que o vovô e a vovó ja fizeram tudo aquilo... e muito mais.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Devaneios Suicidas - Entre ups and downs


discurso batidinho - o ano começa e vem as promessas de ano novo.
é tudo aquilo que não foi feito no ano anterior virando meta e foco nos primeiros dias do ano.
E é justamente nessa época do ano que vemos o corre-corre atras das folhas de alface, o maior indice de assinaturas no Catho e no Manager, vendas insanas de vitaminas e complementos, todo mundo buscando aquela vaga na academia!

Claro! passamos o fim do ano desejando saude, prosperidade, amor... então vamos atras do que nos leva a isso - Alface pro regime, academia para queimar os excessos absorvidos entre natal e ano novo (e todas aquelas festas de confratenização da empresa, familia, escola e afins), e sem falar nas contas... sim, milhares delas! Ipva, Iptu, matriculas e carnês de prestação.

Janeiro é o mes de cumprir o devido e o prometido.

Ou quem sabe, fazer melhor, fugir disso tudo, tirar férias, ir pra Nenhures, NeverLand, alguma praia deserta ou alguma que esteja bombando com os nossos semelhantes.

É hora de ir. Sim, se quiser fazer o social - vá!

Vá para algum lugar onde a humanidade esta. A humanidade esta em todos os lugares, exceto aqueles em que ela se encontra de Março a Dezembro. Janeiro e Fevereiro estão todos em busca de um lugar ao sol. Estirados e sem pensar em mais nada. Gastando o que tem e o que não tem. Consumindo suas gorduras, cumprindo suas promessas.

São tempos de liberdade e inconsciencia. É a época em que todos nós queremos ser aquilo que realmente gostariamos de ser o ano inteiro. Aquele delicioso sonho - porque a vida não é sempre assim?

Paz, relax, sol, cerveja, praia, viagens, pessoas, encontros, amor, alegria, festividade...
Festa para a alma!
Festa para o ego!
Tudo que havia de ruim foi exorcizado antes do natal.
... e de boa? nem ouse pensar nos fantasmas futuros. Talvez apenas um planejamento, escrever algumas estrategias, deixa-las na gaveta e esperar que o subconsciente cuide de que tudo ocorra entre março e a primeira quinzena de dezembro.

Eu amo muito tudo isso!
Esses ciclos que tornam a vida gostosa entre ups and downs.
Alias - ups and downs - lembram o mar, as ondas, montanhas russas, rafting, curvas da serra, curvas louras e morenas, pequenas e grandes montanhas da paisagens. Nada de fazer (nesse momento) analogias com salarios, comissões, contas a pagar e a receber ou entre estagios de euforia e depressão.

A vida é entre ups and downs.

O gostoso é esquecer dos downs (ou deixa-los no sub e no inconsciente, apenas para que não haja reincidencias) e manter a lembrança dos ups, ou a vida sempre Up.
e como sempre... amo muito tudo isso!