quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Devaneios Suicidas - Perto do perigo é mais gostoso


Pra quem vive em rotinas, esse texto não terá muito significado. Parecerá algo irreal, de outro mundo ou dimensão.
Mas pra quem vive quebrando a rotina, buscando adrenalina e coisas absurdamente anormais, solto a pergunta – por quê?
Por quê verbos como conhecer, descobrir, inventar, viajar, ir, experimentar e afins, fazem parte do nosso cotidiano?
Dançar até altas madrugadas em dias de semana, dirigir em alta velocidade por estradas curvilíneas, desafiar todos os elementos água, ar, terra e fogo, rir na cara do perigo, desafiar a gravidade, a lógica e a improbabilidade.
Sair da zona de conforto, extravasar e ir a extremos.
Porque somos assim? Que gene estranho e suicida é esse?
Toneladas de água acima ou abaixo de nos, temperaturas extrema, altitudes, velocidade excessiva, vôos, rasantes, saltos, pranchas e cordas, asas, turbulências, insegurança, coração em disparada e não tememos por nossos ossos quebrados, arranhões e algumas gotas de sangue. Cicatrizes viram troféus, experiências e lembranças.
Há alguma explicação? Será que uma lembrança ancestral sente falta das explosões das manadas de mamutes ou dos tigres dentes de sabre nos perseguindo? Será que nossos ancestrais voavam em cipós como o Tarzan ou tinha que navegar por rios de lavas?
É insano!
O mundo prega que devemos nos manter longe das redes elétricas, usar cintos de segurança, ter carros com air bags e freios abs, consultar nosso medico e fazer check up anualmente, tomar vitaminas, cuidar da saúde, alimentar saudavelmente e parar de fumar. Estamos correndo pela fonte da juventude, amamos a vida e queremos viver mais. Mas... com adrenalina!
E muita!
Não quero apenas a adrenalina das telas do cinema.
Quero que um dia, velho, vendo meus netos assistindo Tv, aquele filme em que o heroi faz todas as proezas radicais, poder dizer pra ele que o vovô e a vovó ja fizeram tudo aquilo... e muito mais.

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