quarta-feira, 13 de maio de 2009

Devaneios Suicidas - Lidando com Ex's



Como lidar com ex?
Não existe manual para isso nem regras básicas, mas o mundo em si possui uma jurisprudência enorme de como outros casos foram tratados, e assim vamos aprendendo da experiência alheia e desse enorme consciente coletivo ou senso comum.
Senso comum porem divergente. Cada um segue uma “escola” diferente, e aí temos os métodos tradicionais, inescrupulosos, modernos, selvagens, pós modernos, contemporâneos, filhos-da-puta, porra loucas, suicidas, depressivos, culposos, utópicos e tantos outros que podemos inventar (tudo dentro do senso comum) e mesclar as melhores praticas de cada um destes.
Fantástico não? Há mil e uma maneiras de lidar com um ex.
E tudo só depende do resultado que você deseja. E estes podem ser voltar, esquecer, sacanear, fugir, deixar apodrecer, manter sobre controle ou uma mescla de um ou mais itens.
Cruzar essas informações e dosa-las pode dar 14 bilhões de combinações (exatamente o dobro da população mundial), ou seja cada ser consigo mesmo e mais alguém.
Algumas técnicas não podem ser desprezadas, se você quer lidar com uma pessoa tradicional, dependendo do resultado a ser obtido uma técnica com doses de porra-louquice com pitadas de sacanagem pode ajudar tanto para fazer com que ele esqueça ou apaixone de vez.
Reaproximações só acontecem quando os dois desejam isso profundamente, caso o ‘desejar’ não seja profundo, pode rolar uma amizade colorida e saudáveis reencontros para matar saudades (que muitas vezes resultam em gravidez indesejada, esquecimento total ou alguém sai com fama de filho da puta master e outro de otário Professional).
Não vou ensinar nada aqui. Isso aí é só folhear uma revista no salão de beleza ou colocar no google “como voltar/sacanear com o ex” que milhares de dicas aparecerão. Desde conselhos de oráculos, zodíacos, mestres espirituais, auto ajuda, endereço de consultórios de psicólogos, conselheiros matrimonias, advogados, assassinos profissionais, casas de massagem, clube das mulheres, retiros espirituais, vendas lenços e destilados (há quem chore e quem beba), sugestões literárias e poéticas indo de Oscar Wilde a Milan Kundera, passando por Freud e Mario Quintana.
Então me limito em comentar o cenário e apimentar as coisas.
A pimenta se mostra um dos melhores ingredientes no antes, durante e no depois. Mesmo que ambos adorem chocolate, pimenta tempera tudo. Alias, porque Roma foi buscar o tempero do sal? Ah se eles conhecem a pimenta!
Pimenta é útil para a manutenção, o retorno e até mesmo para você despachar de vez um falecido EX para o além. Entenda pimenta como ‘sacanagem’ mesmo, botar fogo - Ferrar com o rabo alheio.
Pimenta é algo fora do convencional.
Isso prova apenas uma coisa – que todo EX, independente do lado da historia em que esta – é um chato!
Ou é uma vitima chata ou um sacana chato. Tudo questão de circunstancias e posicionamento.
Mas assim como existe a máxima de que “é melhor ser um infeliz com dinheiro no bolso do que um infeliz pobre”, digo que “é melhor ser um ex/chato/sacana e feliz do um ex/mala e vitima”.

Não torço pro time que perde. Pra mim quem perde é porque ta errado. Fez alguma parte do processo com falhas, ou se acertou tudo e perdeu, é porque o outro foi tecnicamente mais competente. Cruel? Mas existiria outra forma de dizer isso?

Perder é inerente, inevitável às vezes... mas o que fazer após a derrota?
Novos planos para dominar o mundo? Sentar e chorar? Fazer de conta que a derrota não é pessoal e sair pra comemorar? Tentar reverter o placar? Partir pra outra? Apertar o foda-se?

O grande lance da vida é esse – o mundo gira, tudo gira, são possibilidades exponenciais, somos seres diversos.
O grande lance da humanidade é esse – as pessoas são diferentes, diversificadas, multi culturais, divergentes, contraditórias consigo mesmas, emotivas, sem razão e auto justas.
Essa auto justiça é que leva cada um a ser dono de uma razão de ser, ver, sentir e expressar.
De ‘achar’ que foram injustiçadas e que o outro é sacana e sentir-se no direito de sacanear o outro. Lavar a alma!
Torturar, ser cruel, botar o pé na frente só pra ver o outro tropeçar. Isso é cultural também! Ninguém, simplesmente, vai e deixa o outro ir.
É competição. Guerra. Conflito. Ego!
Vale a pena isso?
Vale a pena ser sacana, fudido, filho da puta e justiceiro só pra mostrar quem é que manda aqui e que ‘eu estou mais ferido que você’?

Sei lá... analisando esses casos de ex’s com os dois lados da consciência, o bem e o mal – A honestidade me leva a assumir que já estive em todos os lados da historia, tomando e dando pé na bunda, sendo injustiçado e sacaneando, ferrado e dando o troco, esquecendo e seguindo, sofrendo e nem me importando, me importando e apimentando... enfim, nada diferente de ninguém. É tudo circunstancial.

A postura sobre isso revela muito sobre quem somos na verdade, o que valorizamos e o que queremos. Muitas pessoas lidam com essa situação sem buscar esse auto conhecimento e acabam traçando planos apenas pelo senso comum. Coisas de novelas e revistas de salão de beleza.
Se as pessoas procurassem o auto conhecimento, a resposta pelo que realmente buscam, baseado nas verdadeiras motivações de busca na vida, com certeza, toda essa besteira aí em si seria abolida!
Seria o fim da pimenta, da auto justiça.
Se os caminhos fossem direcionados pelo que realmente importa, e pelo respeito às escolhas alheias, todo fim significaria apenas – Recomeço.
O que vejo nessa guerra entre exs são interesses, orgulhos, desejo pelo domínio da vida alheia.
Pra que isso? Não seria melhor priorizarmos nossos passos, metas e acima de tudo – auto estima, respeito e liberdade.


2 comentários:

  1. Tudo depende. Se um pernilongo te pica quando você está quase terminando de ler aquela parte ótima do novo livro achado no porão do Douglas Adams você pode:

    A ) Matar o maldito
    B ) Ignorar o maldito e nem mesmo acha-lo um maldito
    C ) Aprender com isso e na próxima vez fechar a janela e comprar um repelente... pra ler o livro

    Tudo vai depender de como você estava durante a leitura, se ele te encheu o saco antes de picar, se ele zuniu no seu ouvido, se o livro é bom. Enfim, não existe manual, e sim mais de 6 bilhões de humanos na face desse lugar aqui. Alguém vai te irritar, você vai irritar alguém, e alguém pode te achar um pulha, e você pode apulhar alguém. Tudo depende.

    Vamos chamar isso de teoria do pernilongo, quanto mais ele te enche na hora de dormir, maior vai ser a porrada pra mata-lo.

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  2. Adorei. Não tem como não se identificar com pelo menos unas 3 tipos de ex que a gente já foi.

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